terça-feira, 4 de novembro de 2014

Nematelmintos

Os nematelmintos são vermes de corpo cilíndrico, afilado nas extremidades. Muitas espécies são de vida livre e vivem em ambiente aquático ou terrestre; outras são parasitas de plantas e de animais, inclusive o ser humano. Há mais de 10 mil espécies desse tipo de vermes catalogadas, mas cálculos feitos indicam a existência de muitas outras espécies, ainda desconhecidas.
Ao contrário dos platelmintos, os nematelmintos possuem tubo digestório completo, com boca e ânus. Geralmente têm sexos separados, e as diferenças entre o macho e a fêmea podem ser bem nítidas, como no caso dos principais parasitas humanos. De modo geral o macho é menor do que a fêmea da mesma idade e sua extremidade posterior possui forma de gancho. Esses animais são envolvidos por uma fina e delicada película protetora, que é bem lisa e resistente.
  



DOENÇAS TRANSMITIDAS PELOS NEMATELMINTOS


  • Ascaridíase – o parasita é o Ascaris lumbricoides, que mede, 15 cm a 30 cm. Habita no intestino delgado, onde vive dos alimentos ingeridos pela pessoa parasitada. O ser humano infectado elimina ovos para o meio ambiente. A infecção ocorre pela ingestão de água e de alimentos, principalmente verduras contendo ovos embrionários.
  • Ancilostomíase (amarelão) – os parasitas são o Ancylostoma duodenale e Necator americanos, que medem cerca de 10 mm. Vivem aderidos à mucosa do intestino delgado da pessoa parasitada, onde se alimentam do sangue. Os ovos são eliminados pela pessoa parasitada, se transformam em larvas. Penetram através da pele, alcançam as veias e chegam ao coração, daí seguem para os pulmões. A anemia é o sinal maior dessa parasitose.
  • Filariose ou elefantíase – o parasita é o Wuchereria bancrofti. Os vermes adultos provocam inflamação dos vasos linfáticos, impedindo a drenagem de linfa. O acúmulo de linfa produz inchaço nos pés, pernas, mamas e bolsa escrotal. É transmitida pelo mosquito, que ao picar uma pessoa infectada, espalha as larvas para outras pessoas.
  • Bicho-geográfico (Larva migrans cutânea) – transmitida pelo parasita Ancylostoma brasiliense. Parasita do intestino de gatos e cães. Os ovos eclodem na areia e podem penetrar na pele humana sem, contudo atingir a circulação. A larva provoca lesão de contorno irregular, semelhante a um mapa.

Ciclo da ascaridíase

Ciclo da filariose

Vídeo



Reportagem

Bibliografia:

http://sobiologia.com.br/conteudos/Reinos2/nematelmintos.php
http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2013/07/globo-rural-mostra-o-combate-ao-amarelao-nas-plantacoes-de-laranja.html
http://pt.slideshare.net/mateimat/nematelmintos-3596437?next_slideshow=1
http://www.todamateria.com.br/nematelmintos/





Bactérias

Resumo:

As bactérias são organismos Unicelulares com tamanho microscópico. Com  reprodução assexuada. Normalmente possuem uma rígida parede celular que envolve externamente a membrana plasmática, constituída por uma trama de peptídeos (Proteínas) interligados a polissacarídeos (açucares) formando um complexo denominado de pepdidoglicnas . Essa substância é responsável pela forma, proteção física e osmótica do organismo.

Algumas espécies de bactérias possuem uma cápsula uniforme, espessa e viscosa, atribuindo uma proteção extra contra a penetração de vírus (bacteriófagos), resistência á ofensiva dos glóbulos brancos (fagocitose), além de proporcionar adesão quando conjuntas em colônia.

Em um aspecto estrutural geral, uma bactéria é basicamente constituída por uma membrana plasmática. Podendo essa formar uma dobra (mesossomo) concentrada nas enzimas respiratórias.

As locomoções de muitas bactérias ocorrem por batimento flagelar, longos filamentos formados por fibrila, um arranjo estrutural diferenciado dos flagelos eucariontes. Os pelos também podem auxiliar no deslocamento de material genético entre bactérias ou até facilitar a aderência e infecção a um hospedeiro.

As bactérias podem viver na presença do ar (Aeróbicas) utilizando o oxigênio ou na ausência de ar (anaeróbicas) utilizando a fermentação . Além das Anaeróbicas facultativas que conseguem viver nos dois ambientes.

Muitas bactérias possuem estruturas extracelulares como flagelos ou cílios, organelas de locomoção presentes nas bactérias móveis.

Muitas delas podem possuir esporos (formações que conferem resistência às bactérias), devido ao meio ambiente inadequado à sua condição de vida, esta é uma forma delas se manterem vivas até encontrarem sua condição ideal de sobrevivência. Há ainda aquelas que não possuem esporos, estas são chamadas de vegetativas.

Elas podem ser classificadas em dois grupos: gram-positivas que apresentam uma espessa camada de peptidioglicano ( açúcar + aminoácidos) e retém um corante violeta. Já as gram-negativas apresentam uma parede celular formada por uma camada delgada de peptidoglicano e uma membrana plasmática de Lipopolissacarídeos.


As bactérias são de extrema importância para o meio ambiente, pois ajudam na decomposição,fermentação;que agem para produzir iogurtes e queijos. Agem na indústria farmacêutica;que são na fabricação de antibióticos e vitaminas.  Agem na indústria química; na produção de etanol além de retirarem o nitrogênio do ar e o fixam no solo servindo de alimentação para as plantas.



Esquema:



Imagens:

Reprodução bacterial.

Bactérias Gram-positivas/negativas.

Bacteria, do que é composta?



Reportagem/Artigo:




Video:


Referências:





Fungos

           Fungos


Os fungos são microrganismos eucariontes, aeróbios obrigatórios, uni ou multicelulares, de parede celular rígida e de tamanhos variados. Os fungos absorvem oxigênio por oxidação da glicose durante o processo de respiração celular.
Esses microrganismos secretam enzimas que degradam substâncias químicas para assimilação e nutrição dos fungos. As enzimas produzidas degradam lipídios, amido, proteínas e outras substâncias complexas e possuem como fonte de nutrientes carboidratos, substâncias nitrogenadas inorgânicas, ferro, zinco, manganês, cálcio e vitaminas.
Desta forma, os fungos são considerados nutricionalmente quimio-heterotróficos. Os bolores e leveduras crescem em pH em torno de 5 e 6, mas a maioria tolera uma variação no pH, havendo fungos filamentosos que crescem em pH 1,5 a 11, mas as leveduras não aceitam o meio alcalino.
Os bolores são geralmente psicrófilos, sendo que muitas das formas leveduriformes são mesófilas. Os fungos multicelulares produzem estruturas filamentosas microscópicas e são classificados como bolores, enquanto os fungos unicelulares são classificados como leveduras.
Os bolores possuem células cilíndricas que são chamadas de hifas e são separadas por septos (são paredes divisórias entre as células), que podem conter esporos. As hifas de fúngicas são microscópicas, mas em conjunto formam agregados chamados de micélio, visíveis a olho nu, possuindo o aspecto aveludado, coriáceo ou algodonoso.
As leveduras unicelulares apresentam-se sob forma variada - de esférica a ovoide, de elipsoide a filamentosa. São fermentadores e produtores de álcool. Os fungos fazem reprodução assexuada e sexuada, o que garante a biodiversidade de cepas fúngicas.
Os fungos são dispersos no meio ambiente pelo ar atmosférico, solo, água e por plantas e absorvem nutrientes dissolvidos no meio ambiente. Segundo a ANVISA, são estimados que existam cerca de 250 mil espécies de fungos, mas atualmente menos de 150 mil foram descritos como patógenos aos seres humanos.
Muitas cepas fúngicas são patogênicas, causadoras de micoses superficiais, cutâneas, subcutâneas, sistêmicas e algumas espécies são oportunistas. Dentre essas infecções, ainda podem causar graves intoxicações alimentares.
No meio ambiente, os fungos são importantes como decompositores (ciclagem de nutrientes) e têm sido utilizados em processos de biorremediação.

                          Fungos bolores 


                                     
      

                      Fungos leveduras



Doenças Causadas por Fungos

As micoses que aparecem comumente nos homens são doenças provocadas por fungos. As mais comuns ocorrem na pele, podendo-se manifestar em qualquer parte da superfície do corpo.

São comuns as micoses do couro cabeludo e da barba (ptiríase), das unhas e as que causam as frieiras (pé-de-atleta).
As micoses podem afetar também as mucosas como a da boca. É o caso so sapinho, muito comum em crianças. Essa doença se manifesta por multiplos pontos brancos na mucosa.
Existem, também, fungos que parasitam o interior do organismo, como é o caso do fungo causador da histoplasmose, doença grave que ataca os pulmões.

       Micose em couro cabeludo


Referência:Só Biologia

Vírus HPV

O que é HPV?

Sinônimos: vírus do papiloma humano
O HPV é um condiloma acuminado, conhecido também como verruga genital, crista de galo, figueira ou cavalo de crista, é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pelo Papilomavírus humano (HPV). Atualmente, existem mais de 100 tipos de HPV - alguns deles podendo causar câncer, principalmente no colo do útero e do ânus. Entretanto, a infecção pelo HPV é muito comum e nem sempre resulta em câncer. O exame de prevenção do câncer ginecológico, o Papanicolau, pode detectar alterações precoces no colo do útero e deve ser feito rotineiramente por todas as mulheres.Não se conhece o tempo em que o HPV pode permanecer sem sintomas e quais são os fatores responsáveis pelo desenvolvimento de lesões. Por esse motivo, é recomendável procurar serviços de saúde para consultas periodicamente.

Causas

A principal forma de transmissão do vírus do HPV é pela via sexual. Para ocorrer o contágio, a pessoa infectada não precisa apresentar sintomas. Mas, quando a verruga é visível, o risco de transmissão é muito maior. O uso da camisinha durante a relação sexual geralmente impede a transmissão do HPV, que também pode ser transmitido para o bebê durante o parto.

Sintomas de HPV

A infecção pelo HPV normalmente causa verrugas de tamanhos variáveis. No homem, é mais comum na cabeça do pênis (glande) e na região do ânus. Na mulher, os sintomas mais comuns do HPV surgem na vagina, vulva, região do ânus e colo do útero. As lesões do HPV também podem aparecer na boca e na garganta. Tanto o homem quanto a mulher podem estar infectados pelo vírus sem apresentar sintomas.

Tratamento de HPV

Na presença de qualquer sinal ou sintoma do HPV, é recomendado procurar um profissional de saúde, para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado para o HPV.

Prevenção

Vacina

Foram desenvolvidas duas vacinas contra os tipos de HPV mais presentes no câncer de colo do útero: a vacina bivalente e a vacina quadrivalente. Essas vacinas, na verdade, previnem contra a infecção por HPV. Mas o real impacto da vacinação contra o câncer de colo de útero só poderá ser observado após décadas. Uma dessas vacinas é quadrivalente, ou seja, previne contra quatro tipos de HPV: o 16 e 18, presentes em 70% dos casos de câncer de colo do útero, e o 6 e 11, presentes em 90% dos casos de verrugas genitais. A outra é específica para os subtipos de HPV 16 e 18.
É fundamental deixar claro que a adoção da vacina contra o HPV não substituirá a realização regular do exame de citologia, Papanicolau (preventivo).
A vacina contra o HPV é mais uma estratégia possível para o enfrentamento do problema e um momento importante para avaliar se há existência de DST. Ainda há muitas perguntas sem respostas relativas à vacina do HPV:
  • A vacina do HPV só previne contra as lesões précancerosas ou também contra o desenvolvimento do câncer de colo de útero?
  • Qual o tempo de proteção conferido pela vacina do HPV?
  • Levando-se em conta que a maioria das infecções por HPV é facilmente debelada pelo sistema imunológico, como a vacinação afeta a imunidade natural contra o HPV?
  • Como a vacina afeta outros tipos de HPV associados ao câncer de colo de útero e condilomas (verrugas)?
A vacina do HPV funciona estimulando a produção de anticorpos específicos para cada tipo de HPV. A proteção contra a infecção vai depender da quantidade de anticorpos produzidos pelo indivíduo vacinado, a presença destes anticorpos no local da infecção e a sua persistência durante um longo período de tempo.
A duração da imunidade conferida pela vacina do HPV ainda não foi determinada, principalmente pelo pouco tempo em que é comercializada no mundo, desde 2007. Até o momento, só se tem convicção de cinco anos de proteção. Na verdade, embora se trate da mais importante novidade surgida na prevenção à infecção pelo HPV, ainda é preciso delimitar qual é o seu alcance sobre a incidência e a mortalidade do câncer de colo do útero.
Referência: http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/

Platelmintos

                                   O que é platelminto?

Os platelmintos, também chamados de vermes achatados, são animais invertebrados que possuem simetria bilateral, presença de três folhetos embrionários e ausência de cavidade celomática (acelomados). Podem ser terrestres, habitando locais úmidos, ou aquáticos, de água doce e também salgada, existindo espécies parasitas.

  • CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS:
- Sistema circulatório: ausente (o alimento é difundido pelo organismo passando de uma célula para outra);
- Sistema excretor: presente (formado por uma rede de túbulos denominados protonefrídeos, culminando em um poro terminal localizado na região dorsal do animal);
- Sistema respiratório: ausente (as trocas gasosas são realizadas diretamente com o meio);
- Sistema nervoso: presente (constituído por um par de gânglios cerebrais dispostos na região anterior, irradiando cordões nervosos até a porção posterior);
- Sistema sensorial: presente (através de células fotoreceptoras, os ocelos, esses organismos conseguem se orientar captando energia luminosa).
A reprodução é bem diversificada, existem espécies que se reproduzem assexuadamente por fragmentação, outras sexuadamente com desenvolvimento direto ou indireto (passando por estágio larval).
Os principais representantes desse grupo são as planárias (Classe Tubelaria), e as tênias solium e saginata (Classe Cestoda) e vermes trematódeos (Classe Trematoda).

                         Doença causadas por platelmintos: 

            Esquistossomose


Reportagem revela avanço da esquistossomose em Santana do Mundaú


                                            Video


                           
         

 Bibliografia:

 https://www.youtube.com/watch?v=vfeXEyr5Uh0
www.euachei.com.br

Vírus da Hepatite

O que é Hepatite?

Hepatite designa qualquer degeneração do fígado por causas diversas, sendo as mais frequentes as infecções pelos vírus tipo A, B e C e o abuso do consumo de álcool ou outras substâncias tóxicas (como alguns remédios). Enquanto os vírus atacam o fígado quando parasitam suas células para a sua reprodução, a cirrose dos alcoólatras é causada pela ingestão frequente de bebidas alcoólicas - uma vez no organismo, o álcool é transformado em ácidos nocivos às células hepáticas, levando à hepatite.

Tipos

Hepatite A: a hepatite A é transmitida por água e alimentos contaminados ou de uma pessoa para outra. A hepatite A fica incubada entre 10 e 50 dias e normalmente não causa sintomas, porém quando presentes, os mais comuns são febre, pele e olhos amarelados, náusea e vômitos, mal-estar, desconforto abdominal, falta de apetite, urina com cor de coca-cola e fezes esbranquiçadas. A detecção da hepatite A se faz por exame de sangue e não há tratamento específico, esperando-se que o paciente reaja sozinho contra a Hepatite A. Apesar de existir vacina contra o vírus da hepatite A (HAV), a melhor maneira de evitá-la se dá pelo saneamento básico, tratamento adequado da água, alimentos bem cozidos e pelo ato de lavar sempre as mãos antes das refeições.
Hepatite B e Hepatite C: os vírus da hepatite tipo B (HBV) e tipo C (HCV) são transmitidos sobretudo por meio do sangue. Usuários de drogas injetáveis e pacientes submetidos a material cirúrgico contaminado e não-descartável estão entre as maiores vítimas de hepatite, daí o cuidado que se deve ter nas transfusões sanguíneas, no dentista, em sessões de depilação ou tatuagem. O vírus da hepatite B pode ser passado pelo contato sexual, reforçando a necessidade do uso de camisinha. Frequentemente, os sinais das hepatites B e C podem não aparecer e grande parte dos infectados só acaba descobrindo que tem a doença após anos e muitas vezes por acaso em testes para esses vírus. Quando aparecem, os sintomas dessas hepatites são muito similares aos da hepatite A, mas ao contrário desta, a hepatite B e a C podem evoluir para um quadro crônico e então para uma cirrose ou até câncer de fígado

Tratamento de Hepatite

Não existe tratamento para a forma aguda da hepatite. Se necessário, apenas sintomático para náuseas e vômitos. O repouso é considerado importante no tratamento da hepatite pela própria condição do paciente.
A utilização de dieta pobre em gordura e rica em carboidratos é de uso popular para o paciente com hepatite, porém seu maior benefício é ser de melhor digestão para o paciente sem apetite. De forma prática deve ser recomendado que o próprio indivíduo com hepatite defina sua dieta de acordo com sua aceitação alimentar. A única restrição está relacionada à ingestão de álcool. Esta restrição deve ser mantida por um período mínimo de seis meses e preferencialmente de um ano.

Prevenção

A melhor estratégia de prevenção da hepatite A inclui a melhoria das condições de vida, com adequação do saneamento básico e medidas educacionais de higiene. A vacina específica contra o vírus A está indicada conforme preconizado pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).
A prevenção da hepatite B inclui o controle efetivo de bancos de sangue através da triagem sorológica; a vacinação contra hepatite B, disponível no SUS,conforme padronização do Programa Nacional de Imunizações (PNI); o uso de imunoglobulina humana Anti-Vírus da hepatite B também disponível no SUS, conforme padronização do Programa Nacional de Imunizações (PNI); o uso de equipamentos de proteção individual pelos profissionais da área da saúde; o não compartilhamento de alicates de unha, lâminas de barbear, escovas de dente, equipamentos para uso de drogas; o uso de preservativos nas relações sexuais.
Não existe vacina para a prevenção da hepatite C, mas existem outras formas de prevenção, como: triagem em bancos de sangue e centrais de doação de sêmen para garantir a distribuição de material biológico não infectado; triagem de doadores de órgãos sólidos como coração, fígado, pulmão e rim; triagem de doadores de córnea ou pele; cumprimento das práticas de controle de infecção em hospitais, laboratórios, consultórios dentários, serviços de hemodiálise; tratamento dos indivíduos infectados, quando indicado; abstinência ou diminuição do uso de álcool, não exposição a outras substâncias que sejam tóxicas ao fígado, como determinados medicamentos.

domingo, 2 de novembro de 2014

Vírus: Catapora (Varicela)

Catapora (Varicela)

Catapora (ou varicela) é uma doença infecciosa causada pelo vírus Varicela-Zóster. Altamente contagiosa, mas geralmente benigna, era uma das enfermidades mais comuns da infância antes do advento da vacina.
Uma vez adquirido o vírus, a pessoa fica imune por toda a vida. No entanto, ele permanecerá no organismo e, futuramente, poderá provocar uma doença conhecida como herpes-zóster, ou cobreiro.
 
Sintomas da Catapora
Os primeiros sintomas são febre entre 37,5° e 39,5°, mal-estar, inapetência, dor de cabeça, cansaço. Entre 24 e 48 horas mais tarde, surgem lesões de pele caracterizadas por manchas avermelhadas, que dão lugar a pequenas bolhas ou vesículas cheias de líquido, sobre as quais, posteriormente, se formarão crostas que provocam muita coceira.
 
Contágio
A transmissão do vírus da catapora ocorre por contato direto através da saliva ou secreções respiratórias da pessoa infectada ou por contato com o líquido do interior das vesículas.
O período de incubação dura em média 15 dias e a recuperação completa ocorre de sete a dez dias depois do aparecimento dos sintomas.
 
Tratamento
O tratamento visa basicamente a aliviar os sintomas. Como outras doenças transmitidas por vírus, não há muito o que fazer. O importante é evitar a contaminação das lesões por bactérias, o que complica o quadro.
Não coçar as feridas diminui o risco de infecções e a formação de cicatrizes.
Adultos ou pessoas debilitadas, que se contaminem com o vírus da catapora, requerem cuidados especiais.
 
Vacinação contra a Catapora
É recomendada para crianças a partir de um ano, a adolescentes e adultos com baixa imunidade ou que passarão por tratamentos de quimioterapia e radioterapia.
 
Recomendações
* Vacine seu filho/a contra a catapora no primeiro ano de vida. Embora geralmente seja uma doença benigna, os sintomas são muito desagradáveis;
* Procure evitar contato direto com pessoas doentes;
* Não deixe a criança coçar as lesões para evitar infecções por bactérias. Não é tarefa fácil, porque a coceira é intensa;
* Não arranque as crostas que se formam quando as vesículas regridem;
* Mantenha o paciente em repouso enquanto tiver febre;
* Ofereça-lhe alimentos leves e muito líquido.

 
 
Catapora: dados do Ministério da Saúde, entre 2000 e 2011 foram registradas 69.525 internações por catapora no país 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
 
 
 
 
 

Protozoários


        PROTOZOÁRIOS 
 
  
     Protozoário do gênero Leishmania
 
  Os protozoários são seres vivos unicelulares, eucariontes ( possui núcleo organizado) e pertencem ao reino protista. Muitos protozoários vivem livremente na natureza. Alguns porém, associam-se a outros seres vivos. Dentro destes, muitos adotam a vida parasitária atuando como mutualistas ( benefício para ambos ) ou como comensais  ( benefício apenas para o protozoário, sem prejuízo para hospedeiro ).
       Reprodução: maioria dos protozoários apresenta reprodução assexuada; algumas espécies podem se reproduzir sexuadamente.
       Classificação: os protozoários foram classificados segundo o tipo e a presença ou não de elementos especiais de locomoção. São divididos em flagelados, rizópodes, ciliados e esporozoários.
       Flagelados:  apresentam um flagelo que é um longo filamento utilizado para os protozoários se locomoverem. Muitos flagelados têm vida livre. Outros são parasitas e ocasionam doenças no homem. Reproduz por divisão binária e, ao atingir outros tecidos ( por exemplo o cardíaco ) modifica-se e adquire forma esférica provocando graves lesões no órgão afetado. O tripanossomo, a leishmânia e a giárdia são exemplos de flagelados parasitas.
       Rizópodes: Se locomovem e obtêm alimentos através do prolongamento do citoplasma pseudópodes ( falsos pés ). As amebas são os principais representantes dos rizópodes. Algumas são parasitas outros vivem livres. Os pseudópodes servem também para a alimentação da ameba.
       Ciliados: Os ciliados possuem pequenos filamentos em volta do corpo chamado cílios, com os quais se movimentam e capturam alimentos. Um exemplo desse grupo é o Balantidium, um parasita que vive habitualmente no organismo do porco. Outro exemplo é o paramécio, que vive na água doce.
       Esporozoários (apicomplexos): São todos parasitas e não se locomovem. Exemplos: a gregorinas, que habitam o sistema digestório de minhocas, baratas, besouros e piolho-de-cobras. E um dos mais conhecidos é o plasmódio que provoca nos seres humanos a malária.

       Algumas doenças causadas por protozoários

       Amebíase: É adquirido pela ingestão de água ou alimentos contaminados pela ameba Entamoeba histolytica que habita o intestino grosso e se alimenta de glóbulos vermelhos. Causa ulcerações e diarreia e é combatida com o fervimento da água e lavar muito bem as verduras e frutas.
       Doença de Chagas: Causada pelo Trypanosoma cauzi, protozoário que vive no intestino do barbeiro. Vivem em frestas das paredes, chiqueiros e paiol. A noite picam pessoas que dormem e fazem as fezes no mesmo momento e quando o tripanossoma é espalhado é introduzido pelo orifício da picada entra na corrente sanguínea para o coração e pode levar a morte. Substituir casas de barro é uma das maneiras de evitar a doença de chagas.

     
         Leishmaniose: Produz feridas na pele e mucosas do nariz e boca, é provocada pelo Leishmania braziliensis, um protozoário. É transmitida pelo picada do mosquito flebótomo.
        Giardíase: Provocada pela giardia ( Giardia lamblia ), flagelado que parasita o intestino humano, causa fortes diarreias, podendo levar a desidratação. É  transmitida pela água e alimentos contaminados. Evita-se com as mesmas medidas contra a amebíase.
        Malária: É provocada por protozoários do gênero Plasmodium é transmitida através da picada do mosquito anophele, a saliva contaminada transmite o protozoário. Provoca febre muito alta que coincidem com os períodos que os parasitas arrebentam os glóbulos vermelhos, liberando toxinas na corrente sanguínea e pode levar a morte. Pulverizar córregos, lagos e poças da água parada com inseticida é uma das maneiras de combater os mosquitos transmissores.
       
 

 Referências bibliográficas:
Artigo video esquema
Resumo feito baseado no livro didático OS SERES VIVOS de Carlos Barros e no livro BIOLOGIA, volume único, de Armênio Uzunian e Ernesto Birner

Vírus: Ebola

Ebola 
 
Ebola é uma febre grave do tipo hemorrágico transmitida por um vírus do gênero Filovirus, altamente infeccioso, que desenvolve seu ciclo em animais Há cinco espécies diferentes desse vírus, que recebe o nome do local onde foi identificado. Zaire, Bundibugyo, Costa do Marfim, Sudão e Reston. Este último ainda não foi encontrado em humanos.
 
A doença é classificada como uma zoonose. Embora os morcegos frutívoros sejam considerados os prováveis reservatórios naturais do vírus Ebola, ele já foi encontrado em gorilas, chimpanzés, antílopes, porcos e em minúsculos musaranhos. Os especialistas defendem a hipótese de que a transmissão dos animais infectados para os seres humanos ocorre pelo contato com sangue e fluidos corporais, como sêmen, saliva, lágrimas, suor, urina e fezes.

Daí em diante, o vírus Ebola pode ser transmitido pelo contato direto entre as pessoas, pelo uso compartilhado de seringas e, por incrível que pareça, até depois da morte do hospedeiro. Ou ainda, caso o paciente tenha sobrevivido, o vírus Ebola pode persistir ativo em seu sêmen durante semanas. Possivelmente, uma das razões para ser tão mortal e resistente é que libera uma proteína que desabilita o sistema de defesa do organismo.

Surtos de ebola atingiram países da África em 1995, 2000, 2007, mas foram controlados. O surto de 2014 atinge Guiné, Serra Leoa e Libéria e já há casos confirmados na Nigéria. A OMS determinou estado de “emergência sanitária mundial” com o objetivo de conter o vírus e barrar surto de Ebola, o maior de que se tem conhecimento até agora.
 
Oficialmente, só se considera que um surto de ebola chegou ao fim após 42 dias sem nenhum novo caso registrado.

Sintomas
O período de incubação dura de 2 a 21 dias. Os sinais e sintomas variam de um paciente para outro. Metade dos pacientes infectados vão a óbito.
Febre, dor de cabeça muito forte, fraqueza muscular, dor de garganta e nas articulações, calafrios são os primeiros sinais da doença que aparecem de forma abrupta depois de cinco a dez dias do início da infecção pelo vírus Ebola. Com o agravamento do quadro, outros sintomas aparecem: náuseas, vômitos e diarreia (com sangue), garganta inflamada, erupção cutânea, olhos vermelhos, tosse, dor no peito e no estômago, insuficiência renal e hepática. No estágio final da doença, o paciente apresenta hemorragia interna, sangramento pelos olhos, ouvidos, nariz e reto, danos cerebrais e perda de consciência.

 
Diagnóstico
Uma das dificuldades para estabelecer o diagnóstico precoce da doença provocada pelo vírus Ebola é que, no início, os sintomas podem ser confundidos com os de enfermidades como gripe, dengue hemorrágica, febre tifoide e malária. O levantamento da história do paciente, se esteve exposto a situações de risco e o resultado de testes sorológicos (Elisa IgM, PCR) e o isolamento viral são fundamentais para determinar a causa e o agente da infecção.
 
Diante da possibilidade de uma pessoa ter entrado em contato com o vírus Ebola, ela deve ser mantida em isolamento e os serviços de saúde obrigatoriamente notificados.
 
Tratamento
Não existe tratamento específico para combater o vírus Ebola, que infecta adultos e crianças sem distinção. Não existe também uma vacina contra a doença, mas já foi testada uma fórmula em macacos, morcegos e porcos-espinhos que mostrou resultados positivos nesses animais.
 
O único recurso terapêutico contra a infecção causada pelo Ebola é oferecer medidas de suporte, como reposição de fluidos e eletrólitos, hidratação, controle da pressão arterial e dos níveis de oxigenação do sangue, além do tratamento das complicações infecciosas que possam surgir.
 
No Brasil, existem dois centros de referência preparados para tratar pacientes infectados pelo vírus ebola: o Fiocruz, no Rio de Janeiro, e o Hospital Emílio Ribas, em São Paulo.
 
 Prevenção
Não só os agentes de saúde, mas todas as pessoas que precisam aproximar-se de pacientes com caso confirmado de ebola ou suspeita da doença são obrigadas a usar um equipamento de proteção que cobre o corpo da cabeça aos pés e que deve ser retirado com todo o cuidado para evitar contaminação.
 
Recomendações
As seguintes medidas são fundamentais para evitar o contato com o vírus Ebola, como forma de prevenir a infecção e evitar a disseminação da doença; 
  1. Lave as mãos com frequência com água e sabão. Se não for possível, esfregue-as com álcool gel;
  2. Procure não frequentar lugares que facilitem a exposição ao vírus Ebola;
  3. Evite contato com pessoas infectadas. Quanto mais avançada a doença, maior a concentração de vírus e mais fácil o contágio;
  4. Use vestimentas de proteção, como macacões e botas de borracha, aventais, luvas e máscaras descartáveis e protetores oculares, sempre que tiver de lidar com os pacientes. Sob nenhum pretexto reutilize agulhas e seringas. Instrumentos médicos metálicos que serão reaproveitados devem ser esterilizados.
  5. Só coma alimentos exóticos de procedência conhecida;
  6. Lembre que o corpo dos doentes continua oferecendo risco de contágio mesmo depois da morte.                                                        
ebola   
Esquema do vírus ebola.
 

Ciclo de reprodução do vírus ebola.

     

     





    Vírus

    Vírus

    Vírus são organismos acelulares, ou seja, não são constituídos por células mas por uma cápsula proteica que envolve seu material genético, que  pode ser uma molécula de DNA ou RNA ou ainda os dois juntos. Alguns vírus, além da cápsula, possuem um envelope de lipídios que reforça sua proteção.
    Os vírus são parasitas obrigatórios, o que quer dizer que só sobrevivem se estiverem em um organismo, pois se utilizam das organelas das células do hospedeiro para se reproduzir. O vírus infecta a célula, multiplica-se e a destrói, espalhando suas “cópias” para células sadias, onde o processo se repete.

    As infecções por vírus caracterizam enfermidades muito diversas, desde gripes simples até doenças mais graves, como febre amarela, raiva e aids. A forma de contaminação varia. Em muitos casos, o vírus possui um vetor (comumente um mosquito), ou seja, um hospedeiro intermediário que facilita a disseminação da doença. Em outros, o contato com fluidos ou com o próprio ar contaminado funciona como meio de transmissão.
    Como os vírus utilizam células do hospedeiro para se reproduzir, não é fácil matá-lo, portanto a forma mais eficaz de controlar as doenças virais é evitando seu contágio por meio de vacinas e medidas de higiene. O uso indiscriminado de antibióticos, além de ineficaz no tratamento de doenças virais, pode tornar as bactérias resistentes a esses medicamentos. 

    Ciclo Reprodutivo 
    São quatro as fases do ciclo de vida de um vírus:        
    Ciclo de reprodução dos vírus.

    1. Entrada do vírus na célula: ocorre a absorção e fixação do vírus na superfície celular e logo em seguida a penetração através da membrana celular.
    2. Eclipse: um tempo depois da penetração, o vírus fica adormecido e não mostra sinais de sua presença ou atividade.
    3. Multiplicação: ocorre a replicação do ácido nucléico e as sínteses das proteínas do capsídeo. Os ácidos nucléicos e as proteínas sintetizadas se desenvolvem com rapidez, produzindo novas partículas de vírus.
    4. Liberação: as novas partículas de vírus saem para infectar novas células sadias.
                                                                                                                                                                        
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